domingo, 25 de novembro de 2012

OS DESAFIOS DE ROGERINHO - PARTE II


No post anterior apresentei reflexões e apontamentos para algumas áreas da administração. Ao separar uma gestão por área não quero definitivamente defender o setor público de forma departamentalizada onde quada qual siga seu plano de ação. 

Está cada vez mais comprovado que um prefeito obtém aprovação popular quando consegue fazer funcionar tudo de forma bem articulada. 

Exemplo: A assistência social atende famílias desamparadas, que são assistidas pelos seus profissionais e programas governamentais, que articulada com a Secretaria de Saúde que monitora o bem estar dessa família com vacinas e outros atendimentos que, entrosada com a Educação fiscaliza se os menores e adolescentes estão frequentando a escola ou projeto profissionalizante. Com esse arranjo temos ganho em diversas frentes e economia operacional para o município.

Asfaltar ruas ou avenidas, construir obras suntuosas, prédios - parece não ser o pedido para os próximos anos. 

Ofertar oportunidades de profissionalização aos adolescentes e Jovens, humanizar o atendimento na saúde e social, valorizar e aperfeiçoar o servidor público, motivar o empresário a investir e gerar renda, fortalecer e capacitar as associações e cooperativas - serão ações muito bem vindas para os próximos 04 anos.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

OS DESAFIOS DE ROGERINHO

A cada eleição consumada, as urnas "emitem recados e mensagens" para os gestores públicos de nossa cidade, estado e país.

As circunstâncias de cada disputa eleitoral perpassa pelo momento econômico vigente, pela articulação política local aglutinando forças e principalmente pela aprovação da gestão ou não daquele que disputa a reeleição, quando for o caso. Parece inacreditável mas, muitos que disputam um segundo mandato seguido não conseguem realizar o sonho.

Este ano chega ao final de mais um mandato extemporâneo em Jaguaré, porque começou na metade de 2010 com duração de 02 anos e meio e não 04. Em maio de 2005 em eleição também suplementar, Rogerinho assumia a prefeitura pela primeira vez vencendo nas urnas o atual prefeito.

Significados e simbolismos a parte, o 33 reassume o comando do município com bagagem do primeiro mandato e muitos desafios pela frente.
Vamos enumerar alguns deles:
  • Na Educação o Ideb (ìndice de desenvolvimento da educação básica, para medir a qualidade de cada escola) no ano de 2011 atingiu-se a meta de 4,7 e a meta projetada para 2013 é de 5,0 - 4a. série/5o ano.
  • Mobilizar a sociedade para participar de Eleições Diretas para Diretores das Escola Municipais.
  • O Esporte e Lazer para o entretenimento, defesa da saúde e socialização do cidadão. Os núcleos de futebol infantil que existiam em diversas comunidades foram desativados. Uma boa articulação com a educação, saúde e assistência social rende bons frutos para a criança, adolescente e família.
  • A Agricultura não deve mais insistir em retirar pés de café, esse tempo já passou. O Conilon Especial, que é o tempo presente não "ferveu" e poderia ter motivado muito mais o jovem agricultor. Não podemos mais permitir que as inovações tecnológicas, tipo máquinas de colheitadeiras de café, sejam apresentadas em cidades vizinhas.
  • Saúde vai bem obrigado ! Sinceramente cuidar da saúde ou do doente? Vemos que em época da safra do conilon, quando boa parte da população está envolvida, o pronto-socorro municipal fica vazio. Então humanizar o atendimento descentralizando-o parece um bom remédio.
  • Mãos às Obras pessoal. O Ginásio Poliesportivo ficou no sonho do ano de 2010. Asfaltar estradas que dão acesso às principais comunidades, ampliar vagas nas escolas, urbanização, praças de lazer.....frente às perdas dos royalties do petróleo, como executá-las?!
  • A Máquina Pública está precisando de uma boa revisão. Cargos comissionados em demasia, produtividade não avaliada, descontrole do custo operacional da limpeza pública, consultorias contratadas pra não se sabe o quê...> breve novos tópicos..

domingo, 4 de novembro de 2012

DE ONDE VIRÁ A ENERGIA PARA OS POSTES DE LULA

É unânime a afirmação de que as urnas municipais deste ano anunciaram a necessidade urgente do surgimento de novos políticos por todo o Brasil.

FHC prega categoricamente "os políticos antigos não precisam sair do palanque, mas tem que empurrar os novos pra frente". 

Os mais velhos possuem a experiência de vida que os novos não tem e carregam consigo também as "contaminações" que o dia a dia da política sugere e consequentemente o desgaste natural.

Esse novo irá atuar num ambiente da velha política brasileira onde ainda clãs familiares cercam cidadelas como domínio de território, irá gerir recursos que boa parte são manobrados por empreiteiras e seus descabidos aditivos contratuais. O novo como fruto da lei eleitoral que todos afirmam precisar ser reformada, mas está empacada no Congresso Nacional à décadas. 

Que novo é esse então ? Resultado do velho e arcaico que predomina na grande maioria dos municípios do Brasil.


Não afirmaria como ser a salvação da pátria apenas o surgimento de novos líderes país afora. "De poste em poste iremos iluminar o Brasil"  gritou Lula nos comícios. 

Ora ex-presidente, a sociedade quer saber de onde virão os fios que transmitirão energia para esses postes com lâmpadas de LED que iluminarão nossas cidades!!

sábado, 3 de novembro de 2012

DE QUANTO SE PRECISA PARA SER FELIZ


COMPARTILHANDO UMA BOA REFLEXÃO

Sócrates: Hoje por Frei Betto

Encontrei Daniela, 10 anos, no elevador, às nove da manhã, e perguntei: "Não foi à aula?"
Ela respondeu: "Não, tenho aula à tarde".
: "Que bom; então, de manhã, você pode brincar, dormir até mais tarde".
"Não", retrucou ela, "tenho tanta coisa de manhã..." "Que tanta coisa?", perguntei.

"Aulas de inglês, de balé, de pintura, piscina", e começou a elencar seu programa de garota robotizada.

Fiquei pensando: "Que pena", a Daniela não disse: "Tenho aula de meditação!"

Estamos construindo super-homens e super-mulheres, totalmente equipados, mas emocionalmente infantilizados.
Uma progressista cidade do interior de São Paulo tinha, em 1960, seis livrarias e uma academia de ginástica; hoje, tem sessenta academias de
ginástica e três livrarias!

Não tenho nada contra malhar o corpo, mas me preocupo com a desproporção em relação à malhação do espírito.
Acho ótimo, vamos todos morrer esbeltos: "Como estava o defunto? "Olha uma maravilha, não tinha uma celulite!" Mas como fica a questão da subjetividade? Da espiritualidade? Da ociosidade amorosa?
Como a publicidade não consegue vender felicidade, passa a ilusão de que felicidade é o resultado da soma de prazeres: "Se tomar este refrigerante, vestir este tênis, usar esta camisa, comprar este carro, você chega lá!" 

O problema é que, em geral, não se chega! Quem cede desenvolve de tal maneira o desejo, que acaba precisando de um analista. Ou de remédios. Quem resiste, aumenta a neurose.

O grande desafio é começar a ver o quanto é bom ser livre de todo esse condicionamento globalizante, neoliberal, consumista. Assim, pode-se viver melhor.

Aliás, para uma boa saúde mental três requisitos são indispensáveis:
amizades, autoestima, ausência de estresses.
Há uma lógica religiosa no consumismo pós-moderno.

Na Idade Média, as cidades adquiriam status construindo uma catedral; hoje, no Brasil, constrói-se um shopping Center. É curioso: a maioria dos shoppings centers tem linhas arquitetônicas de catedrais estilizadas; neles não se pode ir de qualquer maneira, é preciso vestir roupa de missa de domingo.

E ali dentro sente-se uma sensação paradisíaca: não há mendigos, crianças de rua, sujeira pelas calçadas.....Entra-se naqueles claustros ao som do gregoriano pós-moderno, aquela musiquinha de esperar dentista.

Observam-se os vários nichos, todas aquelas capelas com os veneráveis objetos de consumo, acolitados por belas sacerdotisas.
Quem pode comprar à vista, sente-se no reino dos céus. Se deve passar cheque pré-datado, pagar a crédito, entrar no cheque especial, sente-se no purgatório.

Mas se não pode comprar, certamente vai se sentir no inferno... Felizmente, terminam todos na eucaristia pós-moderna, irmanados na mesma mesa, com o mesmo suco e o mesmo hambúrguer do Mc Donald...
Costumo advertir os balconistas que me cercam à porta das lojas: "Estou apenas fazendo um passeio socrático." Diante de seus olhares espantados, explico: "Sócrates, filósofo grego, também gostava de descansar a cabeça percorrendo o centro comercial de Atenas.
Quando vendedores como vocês o assediavam, ele respondia:"

- "Estou apenas observando quanta coisa existe de que não preciso para ser feliz !"

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

ESCRAVIDÃO MODERNA


        O escritor e sociólogo italiano Domenico de Masi conquistou corações e mentes quando defendeu veementemente que a tecnologia seria uma aliada importante na redução do tempo de trabalho e na ampliação dos períodos de lazer. 

      Com o seu livro “O ócio criativo“, lançado no Brasil a mais de uma década, o escritor vislumbrava que a indústria e o trabalho não seriam mais o centro de tudo. Com a tecnologia otimizando o tempo, poderíamos trabalhar apenas de 3 a 4 horas por dia com a mesma produtividade das 08 horas habituais e reservar um período maior para o lazer.

Ledo engano, a idéias de Domenico não se comprovaram. Pelo contrário presenciamos que o uso da tecnologia acabou por ofertar uma maior carga de atribuições. Leva-se trabalho para casa no pen-drive, baixa-se arquivos em downloads no laptop ou celular. Toma-se café enquanto se acessa o jornal on line e verifica-se o correio eletrônico. A atividade física diária é praticada e ao mesmo tempo atende-se telefone, envia-se sms. O tempo reservado ao trabalho e os tempos da vida privada, entre os tempos de atividade e os tempos de descanso, deixou de existir. Ficou tudo misturado e muito mais controlado.

Você pode ser encontrado a qualquer hora, independentemente do período estipulado em seu contrato de trabalho. Ao cumprir o seu horário e “fechar a porta” do local de trabalho, não há a imediata separação de ambientes, o acesso é instantâneo e a produtividade não para nunca. O sistema é imperativo e nem quer saber se o outro está a fim. Imaginava-se tal cenário em grandes metrópoles, mas cada vez mais, faz parte do cotidiano de pequenas comunidades do interior.

E nessa onda maluca da conectividade e sempre estando fazendo algo produtivo, vamos percebendo que acabamos por não saber ao certo o que estamos vivenciando nas partes que compõem o dia a dia de qualquer cidadão urbano ou rural. Vivendo na velocidade do futuro, escravo da tecnologia e dependente da aparelhagem do presente.

Na Itália, algumas cidades estão investindo esforços em habituar as pessoas a fazer as coisas no seu devido tempo. Nas denominadas “Cidades do Viver Bem” (Globo Repórter 03/12/2010), os munícipes são incentivados a definir e viver o tempo de trabalhar, de se alimentar, vivendo de forma mais lenta, valorizando hábitos saudáveis e a cultura local.