quarta-feira, 23 de setembro de 2015

NÃO SE MEXE EM TIME QUE ESTÁ GANHANDO

Passam décadas, anos e sempre me pergunto porquê em todos os setores há aqueles que se destacam mais, outros menos. Há aqueles que definitivamente não dão certo e aqueles que possuem uma assertividade fora do normal. Porquê alguém inicia um negócio e dá super certo e outro tenta a mesma coisa e nada. 


 
O ambiente pode não ser favorável! O perfil do empreendedor não é adequado ao tipo de investimento feito! Faltou a qualificação necessária! Não conseguiu formar uma boa equipe! A verdade é que uma banca de banana pode dar lucro e também pode não dar lucro, depende de quem administra.


Na gestão pública temos visto uma falta de compromisso com a avaliação dos resultados do atendimento à população. Já disse em outro artigo (...) quando não se registra, não se avalia, não se mede, não se compara e aí qualquer resultado pode estar bom! Como perceber e avaliar o resultado? anualmente, esporadicamente ou em 04 e 04 anos às vésperas do pleito eleitoral? 


Acho que 04 anos é muito tempo para desenvolver planos e atividades e deixar para avaliar somente no final do quadriênio. E se as ações que estão sendo desenvolvidas não estarem agradando à torcida! Pode ser tarde para pensar em mudar a tática do time. Se fosse avaliado em menor espaço de tempo, poder-se-ia implementar mudanças no comando, nas atividades e ter um outro resultado, certamente que sim.


Não se mexe em time que está ganhando. E se não está ganhando, mexe-se. E o primeiro a cair é o técnico. É assim no futebol da vida.

domingo, 23 de agosto de 2015

CADÊ O LIDER ?

Jaguaré passou pelo ciclo da madeira com inúmeras serrarias e carvoeiras nos anos 70 e 80.

Abriram-se as porteiras para a fase da agricultura nas décadas seguintes, recebendo vultosos investimentos que somado à qualificação dos produtores rurais teve como consequência o alcance da tecnologia e produtividade projetando a meta de alcançar 1.000.000 de sacas de café conilon.

Diversificou-se para a fruticultura (maracujá e mamão). Atualmente o setor investe na pimenta do reino aproveitando o boom da cotação do último ano. 

Chegamos em 2015 com uma população de mais de 30.000 ha - presença destacada de jovens estudando curso superior, comparado ao movimento das décadas anteriores. Será que estamos adentrando no ciclo industrial em Jaguaré?

Afirmativamente vimos os ventos soprando para a região norte no Governo Casagrande e não ajustamos as velas para aproveitar o engajamento do então governador. Ah.! na gestão do Sávio Martins foi adquirido um terreno às margens da BR 101 nascia ai o Condomínio Industrial. Lembro-me que em dezembro de 2013, num evento empresarial durante a festa de emancipação do município a Wine Cápsulas de Café apresentara a planta industrial de sua fábrica que viria para Jaguaré. Passo seguinte a administração de Rogério Feitani adquiri área de terra próximo a Comunidade do Palmito e a informação atual dá conta que a Wine firmou parceria com a Tristão e a cápsula de café virou água.



No meio de um turbilhão de notícias econômicas negativas como a queda na arrecadação (fundap, icms, royalties ....) com 02 áreas de terras adquiridas faltando infra-estrutura como acesso pavimentado, água, esgoto, luz e o momento de retração de investimentos por parte da maioria dos empresários - fica a impressão que o ciclo dos empreendimentos industriais levará anos para acontecer.

Bem, estamos na Região da Sudene com "N" incentivos fiscais, a principal rodovia federal atravessa o município e geograficamente nos localizamos próximos de estados importantes MG e BA. Será que falta ainda um líder para dar-mos esse passo importante na história de nosso município?

terça-feira, 28 de julho de 2015

O LEGISLATIVO AJUDA OU NÃO

Estava nestes dias a pensar no papel do Legislativo no dia a dia de uma gestão municipal mal ou bem sucedida no Estado democrático que vivemos.

Ai vem ao raciocínio a vontade maior de tecer críticas e elencar as inúmeras atividades constitucionais, previstas em lei, é redundante mesmo dizer, mas que os nobres Edis não as exercem no seu mandato remunerado. Mas vamos ao desempenho que o cidadão esperaria.....

Fiscalizar - é uma palavra que parece assustar, dá a conotação que "alguém precisa ser" e já se admite culpa no cartório de quem é fiscalizado. Mas, essa prática ajuda e muito os detentores da caneta que definem orçamentos e gastos a serem pessoas probas. Os vereadores perdem a grande chance de ajudar fiscalizando os contratos de serviços e obras, solicitando esclarecimentos rotineiramente. Neste ato fiscalizar acende o farol da legitimidade e conduz para a economicidade dos recursos públicos.

A Câmara poderia tratar de assuntos de interesse da comunidade como: geração de emprego, campanhas de conscientização - enfim temas que merecem ser discutidos cientificamente e no final apresentar saídas para o executivo.

O Legislativo pode ajudar ou não. Na busca pela maioria na Câmara busca-se apoios que irão resultar em votos. O vereador pertence a um partido x que almeja crescer e acomodar suas principais lideranças em bons cargos, preferencialmente no primeiro escalão. Pronto, cria-se secretarias sem um plano de trabalho. O único plano é empregar alguém ligado a um voto. Neste caso, não ajuda.

Se o Executivo está mal avaliado perante a população, fatalmente o Legislativo tem parcela de culpa. Ele está apenas legislando conforme a conveniência de seus dignos pares.

Aprovado por unanimidade dos presentes.

terça-feira, 21 de abril de 2015

A COLHEITADEIRA CHEGOU NO CONILON. E AGORA ?

A mecanização (colheitadeira) chegou definitivamente na safra do conilon impactando na vida comercial e em toda a sociedade jaguarense.


> Menos casos de migração de baianos e mineiros já são registrados neste ano. Menos pessoas significa menos vendas no comércio do setor de alimentação, equipamentos EPI, eletrodomésticos, entre outros.

Ex: Uma propriedade que nos anos 2013 e 2014 "importaram" 30 pessoas, neste ano irão trabalhar com 12.

> A queda do fluxo de trabalhadores na colheita levará ao controle social com freagem no crescimento populacional desordenado que vinha sendo registrado nas últimas décadas em nosso município. 

Com isso os bairros considerados carentes desaceleram sua expansão, dando mais tempo para o setor público levar melhorias como saneamento básico e áreas de lazer.

> Abertura de novos empreendimentos comerciais - Com a chegada da máquina colheitadeira surgirá novas demandas por oficinas e pequenas siderurgias para reparo, manutenção e adaptação dos equipamentos. 

Essa área ganhará investimentos com a necessidade de capacitação profissional. Seria oportuno se o município adotasse uma política de incentivos e apoio a esses novos negócios.

> Profissionais qualificados - Dos antes denominados braçais para os novos profissionais para a execução de serviços mecanizados. O jaguarense irá ocupar esse novo posto de operador de máquina com salário melhor, registro de carteira e qualificação profissional.

Teremos pessoas com mais renda fixa o ano inteiro, melhorando sua moradia, alimentação e qualidade de vida. O dinheiro circulará mais no comércio local e por mais tempo, do que a sazonalidade que presenciamos hoje.


Ainda outros impactos poderão ser registrados. O fato é que são novos tempos, nova realidade e que possamos ir nos adaptando.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

20 ANOS DE INOVAÇÃO

Em abril de 1995, os irmãos Atevaldo (Zico) e Jeane observando o setor de panificação da Cidade, resolveram investir na área inaugurando a Pão Nosso. Em poucos anos o negócio foi sendo ampliado observando as demandas: Ampliação do espaço físico, oferta de frutas, verduras, carnes e varejo em geral, com a nova logomarca Quitanda & Pão Nosso.


Em fins dos anos 90 novas mudanças foram acontecendo: Remodelagem do ambiente comercial com disposição de mesas para os clientes tomarem café, leitura de revistas e jornais. Ampliação da confeitaria e novo mix na panificação, de salgados e lanches.

A abertura da Quitanda & Pão Nosso II com a visão de servir pratos executivos, pizzas e lanches não prosperou o esperado pelos seus sócios investidores.
Fomos inovadores em ações simples como: Instalação de portas de vidro, ambiente climatizado, automação comercial, o serviço self-service na compra do pão francês a kg. 



Acompanhando as tendências do mercado a Quitanda & Pão Nosso disponibiliza internet Wirelles e em 2015 quando comemora duas décadas de atividades lança no dia 25 de Fevereiro seu aplicativo APP Quitandapaonosso com o slogan Agilize o seu dia a dia com apenas um clik. 

A estratégia é permitir com o uso dessa ferramenta o agendamento de atendimento pelos clientes. Nessa plataforma poderá ser efetuado pedidos, registrado observações, agendado o horário em que se quer o serviço prestado. 


Foi necessário 05 meses para criação, formatação, desenvolvimento e construção do APP realizado pela empresa Redes BR (Henrique) e equipe da Quitanda & Pão Nosso.


O uso de tecnologias faz parte do nosso dia a dia como um bom café não tem hora marcada.

domingo, 8 de fevereiro de 2015

QUANDO O CARNAVAL PASSAR


Muitos afirmam que o ano brasileiro começa mesmo de verdade depois do carnaval. 2015 já tá ai com muitas notícias nada agradáveis da Operação Lava Jato no noticiário diário e o aumento nos preços de produtos e serviços que vão interferir no nosso bolso.

Em Jaguaré o Alegrai-vos da Igreja Católica mobiliza os fiéis em doações de alimentos, oferta de hospedagens e grande contingente de voluntários para atender plenamente os esperados 4.000 foliões, segundo os organizadores. Paralelo a esse evento religioso, o Governo Municipal faz aporte financeiro visando montar estrutura no espaço do Botafogo para a apresentação do Padre Fábio de Melo e shows regionais.

A cidade terá dias movimentados nesse carnaval como nunca visto antes por essas bandas. E quando a folia religiosa e profana passarem, a quaresma chegar, estaremos a aproximadamente 07 meses do prazo final das filiações partidárias e preparativos iniciais para as eleições municipais de 2016.

O ano de 2015 começa de fato após a folia, mas já com os olhos fixados nos bastidores políticos de 2016. Os partidos devem eleger novos comandos, conversas preliminares com postulantes aos cargos de vereadores e prefeito, devem iniciar o "mexer das pedras" do jogo político anunciado para o próximo ano. 

O Carnaval já está nas ruas de muitas cidades e o ano de 2015 está desenhado ser de poucos investimentos, arrocho financeiro e merecer atenção máxima nos gastos. Acabou a festança.

domingo, 18 de janeiro de 2015

O PASSADO E O FUTURO


- Já fomos a 13a. Economia do Estado do Espirito Santo com expressiva participação no "bolo" do ICMS;

- Referência no PSF (Programa da Saúde da Família) nos Postos de atendimentos nas comunidades e bairros de Jaguaré;

- O Futebol Profissional esteve por anos a fio sempre entre os quatro primeiros clubes na disputa do Capixabão, com Escolinha de Futebol capacitando atletas para o mercado do futebol;

- Os Festivais de Música eram sucesso de público e crítica - uma forma de incentivar a produção cultural por essas terras;

- A ideia inovadora das ECOR´s (Escolas Comunitárias Rurais), aliando estudos, prática agrícola e participação direta da comunidade, foi premiada com o Selo UNICEF;

- A participação da sociedade organizada era bem + Ativa. Ex: a Adej - Agência de desenvolvimento de Jaguaré envolvia representantes dos setores da sociedade e viabilizava através de parcerias com o município,estado e país recursos para capacitações, treinamentos e desenvolvimento de projetos como o Saúde I e II. O Pré-vestibular gratuito também nasceu nesse ambiente de participação comunitária.

- O Projeto Conilon Especial foi implantado em Jaguaré e não teve continuidade. Da escolha da muda, plantio, cuidados técnicos, colheita e secagem - Uma assessoria profissional lado a lado com o agricultor; 

- Acontecia anualmente a Feita Multi Setorial de Negócios, onde efetivamente negócios eram realizados e novas empresas conheciam o nosso potencial comercial;

- O cadastramento dos trabalhadores na época da safra do conilon era realizado e como
resultado registrou-se a diminuição expressiva de ocorrências policiais no período;


2015 chegou e Jaguaré tem registrado altas temperaturas na estação do ano e frieza na tomada de decisões ....
Com previsão orçamentária próximo a R$ 84 milhões e o Estado e País anunciando CORTES E CONTENÇÕES DE GASTOS, o Prefeito Rogério Feitani mostra-se tímido neste inicio da segunda metade de seu mandato promovendo o retorno da Secretaria de Turismo junto a do Desenvolvimento, e só. 

Buscar o equilíbrio com as contas públicas, manter os níveis de arrecadação municipal, quitar débitos com fornecedores diversos, melhorar a qualidade dos serviços prestados e ainda ter recursos para investimentos em diversas frentes do município deverá ser o dever de casa do gestor e sua grande equipe.

sábado, 3 de janeiro de 2015

SIGNIFICADOS DE SER PREFEITO

Neste Natal que passou, visitando alguns bairros realizando um projeto natalino, alguém comentou do significado da figura do prefeito, principalmente em bairros carentes e cidades do interior, vamos lá:  “O prefeito municipal ao visitar uma casa, a família se emociona, vira um evento, eles se sentem privilegiados não esquecerão tão cedo”

A partir dessa fala, comecei a pesquisar e constatar antropologicamente essa relação cidadão/ autoridade/sociedade. A figura do prefeito significa ter o poder, esse grau a mais que lhe dá a faculdade de decidir e tomar medidas políticas e administrativas que acabam por interferir em nosso quotidiano.

A existência do poder político supõe a dissimetria nas relações sociais. Como nota Georges Balandier, “ se estas relações se instaurassem com base numa perfeita reciprocidade, o equilíbrio social seria automático e o poder estaria votado ao esgotamento”.  Na estratificação social, na heterogeneidade de uma determinada sociedade, no conflito resultante dos interesses diversos e opostos, o poder político faz intervir uma referência comum que garante a ordem social.

Essa lógica social acaba por criar um personagem não humano na figura do prefeito que, conforme seu comportamento diário, pode contagiar positivamente ou negativamente a sociedade que comanda.
  
Historicamente vivemos e tendemos a seguir exemplos, às vezes longe ou os próximos da gente. Veja só: Torço mais empolgado com  determinado time se o camisa 10 tiver o perfil que me agrada. O padre ou pastor de certa igreja influencia diretamente na minha decisão de ser mais assíduo ou não nas celebrações. Ora, o mais importante é o time em detrimento a certo jogador e a religiosidade expressada no culto que você frequenta e não o líder religioso.

Os exemplos que os líderes emitem acabam por influenciar e moldar a sociedade que lideram.