sábado, 29 de setembro de 2012

VIRANDO UMA PÁGINA

Depois de semanas "mergulhado na militância política", contudo observando os acontecimentos e o cenário eleitoral vigente, nota-se que uma nova receita é apresentada como resultado de uma soma de vários ingredientes. Vamos a eles.

I - O PSB depois de 20 anos de história e tradição nas disputas eleitorais em Jaguaré, viu-se obrigado a se abrigar no guarda-chuva do prefeito atual numa dobradinha que nunca havia sido cogitado, ocorrido ou pensado pelos seus mais de 200 filiados. 

No apagar das luzes de 2011, a direção do partido foi surrupiada pelo Deputado Freitas de São Mateus e vendida ao PMDB local. 

A luta dos poucos contra foi em vão. Discussões acaloradas com a Executiva Estadual não foram suficiente. A plenária do Congresso Municipal foi veementemente contra - mas, tudo foi rasgado e a ata falsificada ficou valendo neste triste processo.

O PSB não elegerá a vice-prefeita este ano, terá grandes dificuldades de ocupar uma cadeira no Legislativo Municipal. Atualmente detém duas vagas. 

De noiva bonita e vistosa foi transformada numa kenga onde quem quisesse pôde colocar a mão. A noiva saiu de cena e quem gigolou pelas rodas políticas não receberá o prêmio pelo negócio mal feito. 

II - Pela primeira vez o Prefeito atual tentará uma reeleição. No final de seu mandato deixa a impressão que queria provar a alguém que um dia, depois de tantas tentativas frustradas, iria retornar ao comando do município.

Sentado no trono municipal conseguiu desagradar a um contingente enorme de pessoas, algumas até muito próximas dele. Centralizador em todas as decisões a serem tomadas nas áreas de sua gestão, acabou por preocupar-se demais com as liberações de máquinas, não dialogou com a comunidade organizada e o tempo passou. 

Não conseguiu agregar ninguém em seu projeto de governo, perdeu lideranças importantes neste ano eleitoral, famílias inteiras que o acompanhavam a décadas deram as costas, não conseguindo emplacar uma política moderna na sua gestão - perde a chance de ser reeleito para um segundo mandato. 

III - Evilázio Altoé migrou para o PV - Partido Verde, diante do clamor da sociedade potencializou uma candidatura nova que logo na terceira semana sofreu aborto expontâneo. 

O tempo passou, passou, o novo foi substituído - perdeu-se o time (em inglês = espaço de tempo), candidatos a vereadores e lideranças se dispersaram, polarizou-se a disputa eleitoral entre o 15 e 33. 

Evilázio não foi convidado para entrar no movimento da oposição, mas segue dizendo-se preocupado com os riscos de dividir os votos.

Por fim - Os resultados da gestão não agradaram a maioria da população.
O quadro político atual resulta das circunstâncias de diversos processos eleitorais.
A insistência de candidatura articulada com grupo simpatizante, apesar da rejeição emblemática, se transformou em opção para a maioria que quer dar o seguinte recado: "Você não foi bem. Dê seu lugar pra outro".