sábado, 17 de abril de 2010

Uma nova Jaguaré

A de se dar crédito às manifestações e comentários que a cada pleito eleitoral floresce nas lideranças e demais pessoas das comunidades e bairros de nosso município, eu estaria falando por algo em torno do saturamento eleitoral por que passa nossos munícipes, notoriamente, não sou nenhum cientista político ou estudioso de núcleos sociais. É de fácil percepção. É como a monocultura num mesmo terreno, o período de fertilidade vai diminuindo, estagna-se - chega o momento de um novo cultivo, aproveitando o espaço e técnica disponível.

A se seguir pelo conselho pragmático que avilta a política jaguarense, é óbvio que o povo só tem a ganhar quando ele mesmo se declara e anseia por um novo cenário político-administrativo.

A se por um olho minimamente sério sobre a realidade presente em nosso município, mais óbvio e moralmente mais importante ainda é a tarefa de apresentar uma alternativa urgente. Chega de A ou B de sempre.

É fato notório o mal que faz a Jaguaré esta polarização amesquinhada, porém mutuamente conveniente, entre o PSDB e o PMDB. É a imposição, por um preço cada vez mais impagável, da briga provinciana dos chamados "caranguejos" adversários históricos dos apelidados "bezerros". Grupos que disputam sistematicamente o poder pelo poder. Isto definitivamente não está sendo combinado com a população que está cansada e esaurida desse confronto.

Esta disputa pelo mero mando propiciado pelo poder, ou, pior, por seu aparelhamento patrimonialista só garante uma coisa: Jaguaré não muda na sua essência de deter um expressivo PIB, porém está nas faixas de menor desenvolvimento humano (IDH) de nosso Estado.

A democracia brasileira, e claro a nossa, jovem e imperfeita como ainda é, agüenta que, ao invés de uma ampla opção arbitrada pelo povo, o jogo do poder seja decidido em gabinetes e salas onde a linguagem é um misto de pressões e trocas? Lembremo-nos de que, por regra, as práticas políticas, como outras ações administrativas, necessitam sofrer mudanças. O hoje não tolerará mais, será desastroso definir a opção a ser “escolhida” pelo povo nas eleições. Omitir-se sobre isto é criminoso!

A quem interessa tirar do povo, com terrorismo personalista, as opções que no passado recente viraram a página eleitoral de nossos vizinhos de Sooretama, pra citar um exemplo. Continuar com essa disputa grupal que de novo se desenha não é o melhor que podemos construir pro futuro de nosso município. A única alternativa é fortalecer o diálogo entre as lideranças decentes e gerar boas espectativas para nossos jovens.

O que quero propor é a expressão de um pensar audacioso e idealista sobre Jaguaré. E isso vai se decidir logo.

Cumprirei com disciplina e respeito democrático o que decidir meu Partido e estarei nas trincheiras juntamente com aqueles que não admitem esse feijão com arroz de sempre. Respeito suas lideranças. Mas, tenham meus companheiros clareza: eu não concordo com esse desgastado enredo eleitoral. Considero meu dever, colaborar na construção desse NOVO AMBIENTE. Se for derrotado, respeito. Mas amanhã alguém mais atento dirá que alguns não se omitiram quando se quis tirar o povo da jogada.