quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

EU, O MUNDO E O VIRTUAL

 Já não estamos vivendo o agora, aproveitando os momentos do presente e com muita ansiedade nem nos preparando para o que vem amanhã.

Caminhamos no dia a dia 'futucando" o celular com suas mil possibilidades e não observamos o vizinho, a rua, os transeuntes. Sentamos numa mesa e não trocamos mais palavras, olhares, discussões, palpites do quotidiano, pois estamos ocupando espaço na terra mas com a cabeça em outro mundo, mexendo no celular, baixando arquivos, dando aquela curtida, enfim "fazendo muitos amigos".

O paladar do café, da cerveja, do vinho - alguém sente ainda?! Dá pra lembrar o que você comeu no almoço do dia de ontem ?! Chegando em casa após o dia de trabalho, um tá na Tv, outro no celular, outro no tablet - em qual esquina do mundo virtual vamos nos encontrar !!

Perguntar não ofende. Eu preciso de tanta informação sem conteúdo ?! É de suma importância estar on-line o tempo todo numa angústia sem fim, numa sede insaciável por notícias ?!.

A solidão de quem está conectado em todas as redes sociais gera o vazio da superficialidade. Sei de muita informação, recebo notícias o dia todo e não sei de que se trata no detalhe, no controverso.

Os milhares de amigos do face estarão no mundo virtual
quando você precisar de um abraço apertado, ombro amigo ou um simples aperto de mão. Enviar um abraço via sms não rola. Então esse mundo é vazio, sem cheiro, sem paladar.

O homem sapiens necessita dessa troca de energia. Se não há essa troca, nasce então um novo ser superficial.